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A vida sombria de Charlie Chaplin: Escândalos até depois da morte
Charlie Chaplin é amplamente considerado o maior artista da comédia no cinema e uma das figuras culturais mais significativas do século XX, tendo tornando-se um ícone mundial após "O Va gabundo", seu personagem mais famoso. Porém, escondido sob o seu estilo de humor pastelão, havia uma personalidade bem mais sombria, um Chaplin descrito por muitos que o conheciam pessoalmente como insensível, explorador e sádico. Além disso, o comediante foi altamente criticado por seus casos amorosos em série, um hábito predatório que beirava o crime.
Mas o que era, afinal, tão perturbador em sua vida pessoal? Clique na galeria e descubra o lado sombrio e secreto de Charlie Chaplin.
Nascimento de um gênio da comédia
O pai dele, Charles Chaplin Sr., era músico, mas também um alcoólatra crônico.
Hannah Chaplain
A infância de Chaplin em Londres foi cheia de pobreza e dificuldades. Seus pais se separaram em 1891, quando tinha 2 anos. E ele viu o pai muito pouco depois disso. Aos 9 anos, Chaplin e seu meio-irmão mais velho, Sydney, foram admitidos duas vezes num abrigo para trabalhadores pobres. Enquanto isso, sua mãe tinha sido internada num hospital psiquiátrico. O jovem Chaplin aparece na terceira fileira da frente desta foto: o terceiro da esquerda, aos 7 anos de idade, junto com colegas da Escola Central London District Poor Law
Em 1913, Chaplin fez uma turnê nos Estados Unidos com a prestigiosa companhia Vaudeville de Fred Karno. Um dos colegas de palco do jovem comediante era Arthur Stanley Jefferson, mais tarde conhecido como Stan Laurel, da dupla 'O Gordo e o Magro
Durante uma segunda turnê nos Estados Unidos, Chaplin foi convidado a se juntar à New York Motion Picture Company. O artista fez sua primeira aparição no cinema em 1914 no curta-metragem de comédia intitulado 'Carlitos Repórter
Desfrutando de sua fama global e fabulosa riqueza, Chaplin circulava na alta sociedade em ambos os lados do Atlântico. Ele gostava de passatempos caros e aproveitava ao máximo seu status de celebridade
Chaplin conheceu Lita MacMurray quando ela tinha oito anos de idade. Aos 12 anos, ela fez o papel de "anjo flertando" no filme 'O Garoto' (1921). Três anos depois, ela foi escalada para o filme 'Em Busca do Ouro' e iniciou um caso com o então Charlie Chaplin de 35 anos
Apesar de terem dois filhos juntos, a separação era inevitável. Em seus processos de divórcio, ela acusou Chaplin de obrigá-la a "passar por uma operação ilegal para impedir o nascimento de seu primeiro filho". Documentos divulgados durante a audiência descreveram ainda os supostos casos de Chaplin com inúmeras outras mulheres. Além disso, o tratamento "repugnante" e "desumano" dele para com a esposa foi descrito em detalhes. Na foto, estão Lita e os dois filhos do casal, Charles Chaplin Jr. e Sydney Chaplin
O divórcio se tornou um evento midiático e sensacionalista, com ambos comparecendo ao tribunal. Chaplin acabou sendo condenado a pagar mais de 700 mil dólares (aproximadamente 10 milhões de dólares nos dias de hoje) para sua ex-esposa. O processo deixou Chaplin perto de um colapso nervoso, enquanto, nas ruas, crescia o clamor pela proibição de seus filmes
O caso com Joan Barry
Em 1943, Chaplin começou a sair com Oona O'Neill (foto), a filha de 18 anos do dramaturgo irlandês-americano Eugene O'Neill. Chaplin estava na casa dos 50 anos
Em sua autobiografia, Chaplin descreveu o encontro com Oona O'Neill como "o acontecimento mais feliz da minha vida" e afirmou ter encontrado "o amor perfeito
O casal permaneceu junto até a morte de Chaplin e teve oito filhos. Na foto, estão Charles e Oona O'Neill com quatro de seus filhos, viajando para a Inglaterra a bordo do navio RMS Queen Elizabeth, em 1952. Chaplin voltou aos EUA após a viagem, mas ele e sua família acabaram se estabelecendo na Suíça
Chaplin permaneceu uma figura controversa durante toda a década de 1950. Seu filme de 1954, 'Um Rei em Nova York', uma sátira política, atacou elementos da cultura dos anos 50, incluindo o consumismo, a cirurgia plástica e o cinema de tela wide screen. O filme só foi exibido nos Estados Unidos em 1973
Como cineasta, Charlie Chaplin era conhecido por seus altos padrões de exigência, repetindo várias gravações para alcançar a cena perfeita. Durante a produção de 'A Condessa de Hong Kong', em 1967, ele conseguiu irritar Marlon Brando, que mais tarde expressou preocupação com o estilo didático de direção de Chaplin e sua abordagem autoritária. Chaplin fez uma participação especial no filme, que marcou sua última aparição na tela
Enquanto isso, seu casamento com Oona era, de acordo com relatos, assombrado por seu temperamento agressivo e pela crueldade que tinha com seus filhos.
Gênio reconhecidoCharlie Chaplin faleceu em 25 de dezembro de 1977, na sua casa na Suíça. O artista tinha 88 anos. No entanto, ainda havia um último e macabro ato a ser realizado em sua longa e frequentemente controversa vida, quer dizer, morte
Chaplin foi enterrado no cemitério da vila de Corsier-sur-Vevey, na Suíça. Em 1º de março de 1978, o corpo do comediante foi desenterrado de sua sepultura por dois ladrões que o reenterraram depois num campo na aldeia vizinha de Noville. A dupla de ladrões de túmulos tentou extorquir dinheiro da viúva de Chaplin, Oona, mas acabou sendo pega e o corpo foi devolvido à mesma sepultura, desta vez em uma urna de concreto reforçado.
Fontes: (Britannica) (Charlie Chaplin Official Website) (History) (The New Yorker)
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